O mundo do homem e as Essências[i]
Hildo da Silva Nogueira Júnior
Jambo-Amarelo,
razão subjetiva tão ínfima dentro de uma razão universal, perfeito em tua
qualidade, perfeito na essência, cumpre inteiramente seu papel, mérito louvável
por existir, assim como os morcegos que polinizam a região no Alto Paraguai em
Mato Grosso, que saciam sua fome com o fruto, exibindo suas habilidades com
excelência maestria, voando e esgueirando dos galhos do jamboeiro.
Remeto-me
ao pensamento aristotélico[iii] para abarcar acerca do
prêmio dos deuses, que é a prosperidade, a felicidade em si, o homem utiliza a
razão para alcançar este bem, cumprirá sua qualidade, essência de ser. A
contemplação, é o estado sublime, os apetites diários distancia a elevação da
alma, deixando-o de contemplar tais prêmios. O homem retrata tudo que há no cosmos,
degusta prematuramente em seu mundo sensível, torna-se imperfeito no seu objeto
de contemplação, mudando as essências das coisas, esquecendo a qualidade porque
elas são. A potência de cada criatura dentro desse universo de possibilidades
aflora através das atitudes, estímulos ao longo de uma vida. O momento de
desabrochar são influenciados por fatores externos, contudo a potência, o
habito, a busca pela plenitude de qualidade, depende de cada ser vivo.
Na
visão aristotélica em que o mundo não é abstrato, é real. Compreender o mundo
para compreender as ideias. A forma com que a humanidade vê, interage e como
vai agir acerca das paixões é fundamental, para uma harmonia da natureza. O ser
não nasce pronto e acabado, nasce com potencialidade, qualidade quanto ser, mas
no decorrer deste possível desabrochar, há dificuldades de transpor barreiras
para atingir um fim racional. Trajetória faz com que outras criaturas fujam e
mudam tua qualidade quanto ser. A partir deste momento não harmônico de
interferência que o homem produziu, distancia do seu objetivo quanto espécie.
Perde o controle da redoma de valores, onde ele rotula, nomeia fenômenos como
pragas, pestes, desastres, catástrofes. Valores que o homem criou ao longo de
sua existência, não tem significado se ele não cumpre o seu papel, se alma não
for boa. A única perversidade aparente, é meramente do homem, que não aceita a
qualidade de homem em razão de um significado universal.